sábado, 23 de abril de 2011

Qual o Embu das Artes Queremos?

Qual Embu das Artes que queremos?




Por um lado temos os artistas que criaram e ainda criam esta cidade. E até hoje, brota artistas pelo ar das lutas que respiramos, historicamente e atual.



Por outro lado vivemos como todo cidadão embuense que luta pelo seus direitos de cidadão. E que necessita de políticas públicas voltadas ao respeito a humanidade. Assim, vivemos a mercê das migalhas do assistencialismo cultural e social.



Ao jogarem as migalhas, o mesmo assiste a disputa dos esmigalhados, que são desputadas a tapas ainda.



Somos todos artistas e precisamos fazer mala bares todos os dias, e mesmo sem ser palhaços sonhamos com um mundo melhor. O artista por sua vez é um palhaço, da alegria que encanta o povo e com arte e amor percebe que pode ser diferente.



A sociedade civil e os artistas organizados ou não, precisa encontrar e lutar por políticas públicas voltadas á transformação social e cultural em nossa cidade como um todo.



Os incentivos público existentes, sempre foi e sempre será fruto de nossa luta.



Precisamos debater de verdade qual o Embu que queremos em uma cidade onde a arte é apenas a maquiagem do que queremos, hoje como mortos vivos lutamos para que a nossa cidade possa ter o orgulho de se chamar Embu das Artes.



Embu que já é terra das artes terá a oportunidade de exercer a "democracia através de um plebiscito proposto pelo governo com forma de reconhecimento das artes”, e o Embu que já é das Artes o cidadão que não teve a oportunidade de conhecer a história da cidade, fica se perguntando: Para que votar sim ou não, que democracia quer que eu exerça? "se todas as propostas de inclusão e participação ficam só no campo simbólico.”



O cidadão é excluido e depois incluido e depois excluído e incluído de novo num falso falso verdadeiro.



A gente diz que sim, o sistema diz que não é um matando o outro pra ganhar o pão e assim a gente vai levando esse mundão. Assim canta Geraldo Magela, artista popular da região.



A vida toda os artistas de Embu terra das Artes conquistada por nós. sente no suor de sua pele. Pagaram e ainda estamos pagando com a propria via as dificuldades de se viver em uma terra onde todos os incentivos cedidos pelo gosverno na área artistíca não é diferente do atendimento que o mesmo artista cidadão sofre ao precisar de um posto de saude ou de qualquer orgão público. Só nós trabalhadores da arte ou de qualquer outra profissão podemos entender o quanto é dificil viver das sobras e das migalhas que nos são oferecidas todos os dias como banquetes. Só nós percebemos o quanto tudo isso é discimulado. Mas a nossa realidade é realidade real.



Não podemos acreditar em um plebiscito sem um debate amplo com a sociedade civil e os artistas que são os responsaveis pela conquista dessa tão adorada terra das artes, que vem em seguida com a falta de respeito com a nossa sociedade.



No dia 1 de maio os trabalhadores será obrigados a escolher o sim ou o não.



Seja como for o debate precisa caminhar para qual embu queremos, o embu que ja é das artes com arte, e sem politicas publicas voltadas para o cidadão, e o embu que sempre será das artes historicamente. Lutaremos independente do sim ou do não.



O protagonismo da sociedade nas lutas que dizem respeito a sociedade precisa ser respeitadas. E que todos nós tenhamos direitos nela, pois ainda continuamos sendo dominados pela minoria, mesmo tendo simbolicamente o partido dos trabalhadores no poder. Continuamos sendo oprimidos quando nos empurram guela a baixo sem nem ter tempo de pensar e digerir e arrotar o sim ou o não.







Viviane Neres - Artista e Cidadã



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